domingo, 1 de setembro de 2013

) SAULO TEVE SEU NOME MUDADO PARA PAULO? Cresci ouvindo dizer que o apóstolo Paulo era antes de sua conversão um homem chamado Saulo e que, à semelhança de outras personagens bíblicas, teve seu nome mudado por Deus… Você também já ouviu falar disso? A verdade é que em nenhum lugar das Escrituras encontramos menção de Paulo ter mudado de nome. O que a Bíblia diz é o seguinte: “Todavia, Saulo, também chamado Paulo…” (At 13.9). Até este versículo, o apóstolo é chamado (no registro da Palavra de Deus) de Saulo; a partir de então passa a ser chamado de Paulo. E, na hora da mudança, Lucas, o autor da narrativa diz que Saulo TAMBÉM era chamado Paulo. Ou seja, não houve uma troca de nomes, o que de fato a Bíblia diz era que ele tinha DOIS NOMES DIFERENTES, fato comum para um judeu que também tinha cidadania romana, como era o caso de Paulo (At 16.37,38 e 22.25,26). Saulo era o nome hebraico; enquanto a Bíblia retrata a relação do apóstolo com os judeus, este nome aparece – mesmo depois da conversão (o que indica que o nome não mudou por causa da conversão). Entretanto, quando enviado juntamente com Barnabé em sua viagem missionária aos gentios, o escritor de Atos menciona que Saulo TAMBÉM era chamado Paulo, seu nome romano e de relacionamento com os gentios. Este é o mesmo caso de Silas, companheiro de viagens de Paulo, que também era chamado de Silvano (ver 2Co 1.19; 1Ts 1.1 e At 15.22-40; 16.19; 17.15; 18.5). E, alguns acreditam que a variação do nome João e Marcos (companheiro de viagem de Paulo e Barnabé) tenha o mesmo motivo (At 12.12,25). * * * * * * * PARA VER OUTRAS CURIOSIDADES BÍBLICAS CLIQUE NOS

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Parábola das 10 Virgens


Vivemos em um tempo solene, tempo em que é feita a última grande Expiação no céu. Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, está oferecendo os méritos do Seu sangue expiatório em favor de cada pecador arrependido. E para que tal obra tenha efeito em nossas vidas, Jesus nos enviou a promessa do Espírito Santo. Através dessa série, buscaremos compreender qual é a Obra do Espírito Santo em nossas vidas e ver o quanto carecemos desta Obra, pois é através dela que nosso caráter será aperfeiçoado até a conformidade com o do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O Espírito Santo convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), nos levando a sentir a real necessidade do poder transformador do evangelho em nossas vidas, o que é essencial, visto que o cumprimento do mistério de Deus, que “estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos… isto é CRISTO EM VÓS, a esperança da glória” (Colossenses 1:26-27). Entendendo que “o Evangelho é o Poder de Deus” (Romanos 1:16) e que a “Palavra da Cruz” também é o poder de Deus (I Coríntios 1:8), concluímos que o Evangelho é a revelação de Jesus Cristo e a este crucificado. Sendo assim, quando no princípio falamos que o Espírito Santo prometido nos convenceria da necessidade do real poder transformador do Evangelho, este poder só será encontrado na revelação da PALAVRA DA CRUZ, se tornando esta palavra o grande alvo da Obra do Espírito de Deus em nossas vidas.
Sabemos que tudo que se encontra registrado na Bíblia, foi escrito para nosso proveito e ensino, nós os que vivemos no tempo do fim (I Coríntios 10:11). São figuras e símbolos para nos dar esclarecimento a fim de entendermos a Palavra de Deus. Assim quando lemos a respeito da nona praga que caiu sobre o Egito, podemos tirar muitos ensinamentos. Temos, portanto, no livro de Êxodo o seguinte relato: “Então, disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se apalpem. E Moisés estendeu sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações.” (Êxo.10:21-23). Enquanto as densas trevas pairavam sobre o Egito, que na Bíblia é símbolo de pecado ou de mundanismo, (pois era a terra na qual o povo de Deus estava em escravidão e o Senhor Jesus nos ensina que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” [João 8:34]), nas casas do povo de Deus havia luz. Os egípcios estiveram em contato com o povo que mantinha o conhecimento do Deus vivo, criador do céu e da terra, por mais de quatrocentos anos e não reconheceram o Deus de Israel, a quem serviam, mas os fizeram escravos, subjugando-os, oprimindo e condenando à morte os filhos dos israelitas do sexo masculino. Neles se cumpriu o que disse o apóstolo Paulo “…não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados, todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniqüidade (ou prática do pecado)” (2 Tess. 2:10-12). Nesses últimos dias a história se repete. O mundo tem sido coberto por densas trevas espirituais: prostituição, vaidade, glutonaria, idolatria, homossexualismo e tantos outros pecados têm feito com que o mundo esteja “mergulhado” em uma apostasia terrível que está pouco a pouco entrando até mesmo nas diversas denominações religiosas. Nesse mesmo tempo, Deus conserva um pequeno grupo de pessoas para o qual ele concede a Luz reveladora de Jesus Cristoem Sua Palavra; um grupo que em meio às trevas tem Luz em suas habitações. A pergunta que faríamos agora é a seguinte: seria essa Luz suficiente para a minha salvação?
Antes de cair a décima praga sobre o Egito, Deus havia mostrado como o povo poderia ser liberto da morte que o anjo destruidor traria em cada casa que não estivesse devidamente com o sinal: o sangue do cordeiro nas ombreiras e na verga das casas em que o comeram. (Êxo.12:7) “Disse mais Moisés: Assim o Senhor tem dito: À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito;”(Êxo.11:4). É interessante observar que o anjo destruidor não olha a casa que tinha luz, mas o sinal; o sangue do cordeiro, que foi morto e comido pelos que estavam na casa onde o sangue foi aplicado nas portas. Jesus falou sobre a necessidade de comer a carne e beber o sangue do Filho do Homem, para termos vida (João.6:53-56). No presente século, precisamos entender da mesma forma que a Luz que temos recebido, não nos salvará se não aplicarmos o sinal de proteção, o sangue do cordeiro que por meio da Obra do Espírito Santo deve ser aplicado em nossas vidas para que possamos ser aprovados no dia do juízo. A Luz é de suma importância, quando na mesma proporção em que recebemos a luz procuramos aplicá-la em nossas vidas, do contrário, só servirá para nossa própria condenação.
A luz acesa, o anjo que passa a meia noite, nos remetem à parábola das 10 virgens contada por Jesus, estas que traziam lâmpadas acesas e que saíram ao encontro do esposo. Somado a estes detalhes temos a recomendação do apóstolo Paulo “E digo isto, conhecendo o tempo, que é já a hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nemem contendas. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.”( Rom.13:11-14). O dia a que se refere o apóstolo Paulo é o termo “yoma”, que se refere ao dia do juízo, ou também como vemos em Apo19:7 se refere às bodas.
Por tudo que vimos até aqui, cabe-nos estudar a parábola das dez virgens, com apenas um último detalhe. Esta parábola foi proferida por Jesus dentro do contexto do sermão profético de Mateus 24.
A Bíblia, originalmente não foi dividida em capítulos ou versículos, então, quando estudamos o contexto do sermão profético de Jesus registrado em Mateus, observamos que o começo da conversa de Jesus era uma repreensão dEle à hipocrisia dos escribas e fariseus no capítulo 23: “Assim, vós mesmos testificai que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossa sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade, para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado na terra, desde o sangue de Abel, o justo até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração.”(Mat.23:31-36). Isto é observado também por se referir à geração que viveria e veria os sinais e os acontecimentos finais relatados exatamente no capítulo seqüencial. “Aprendei, pois, esta parábola da figueira; quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo quenão passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam”. (Mat.24:32-34).
A geração que contemplar os sinais dados por Jesus: Guerras, rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos em vários lugares, falsos Cristos etc. (Mat.24:5-11) é a mesma referida por Ele em Mateus vinte e três, de líderes hipócritas e raça de víboras.
Para podermos avançar, é importante notarmos que no capítulo vinte e quatro Jesus faz referencia a presente situação do mudo; já, no próximo capítulo, embora seja este uma continuação do sermão proferido em Mateus vinte e quatro no monte das Oliveiras, Jesus faria um alerta especifico agora para a condição da igreja (através da Parábola das dez virgens) que estaria vivendo logo antes da vinda do juízo, culminando com o fim do tempo de graça para a igreja de Cristo, que ocorre antes da segunda vinda de Jesus para buscar a Sua igreja na terra: “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. E como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.”( Mat.24:36-39). A volta de Jesus será visível a todos, pois “virá com as nuvens e todo olho O verá” (Apo. 1:7). Por isso concluímos que não se trata aqui de Sua segunda vinda, mas do final do período de graça, e por isso o chamado a vigilância: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis.” (Mat.24:42-44) E em Marcos 3:27 Jesus afirma que “Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará a sua casa.” Aqui fica uma advertência aos homens, a quem o Senhor constituiu como sacerdotes de suas casas, para que zelem da espiritualidade daqueles que lhes foram confiados, para que não sejam tragados pelo inimigo das almas enquanto os pais se ocupam com as coisas deste mundo, para o sustento dos seus…
O sermão profético continua fazendo uma pergunta para nossa reflexão sobre quem é o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre sua casa, para dar o sustento ao seu tempo e finalmente declara benção sobre os fiéis e sentencia os infiéis, dizendo que a sorte desses será juntamente com a dos hipócritas (Mateus 24:45-51).
Na continuação do sermão profético o Senhor apresenta a parábola das dez virgens, agora no capítulo vinte e cinco de Mateus.
“Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. E cinco delas eram prudentes, e cinco eram loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram. Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja o caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes aos que o vendem e comprai-o para vós. E tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos a porta! E ele respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.”( Mat.25:1-13). Ainda que pareça algo lógico, contudo é importante frisarmos que as virgens não era a noiva, mas faziam parte do cortejo nupcial escolhido pela noiva para acompanhar o noivo até ao encontro da noiva na casa dela, onde se dariam as bodas.
O casamento aqui citado é ao estilo oriental, ocorrem a noite; o noivo deixa sua casa paterna e vai ao encontro da noiva. No caminho ele encontra com os convidados que o esperam com lâmpadas acesas para iluminar o caminho e seguem com o noivo pelo caminho iluminado até a casa da noiva. Ao chegar o séquito, na casa da noiva, entram o noivo e os convidados para a celebração das bodas. Nesta parábola, as dez virgens escolhidas pela noiva são uma representação dos precursores de Cristo que primeiramente professam uma “fé pura”, por isso são chamados de virgens; também como João Batista, a sua missão é iluminar, preparar as pessoas e conduzi-las à Cristo, o Noivo. Assim como as virgens, também nós, saímos de nossas casas (denominações) para nos aprontarmos e conduzir outras pessoas e a nós mesmos para as bodas (juízo) e o encontro com Jesus (o noivo). As convidadas são virgens, como em Apocalipse 14:4, porque também não se macularam com mulheres (igrejas). Diz a parábola que as virgens traziam lâmpadas nas mãos e a Palavra do Senhor nos mostra o significado: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para o meu caminho.” (Sal.119:105). Todas possuíam lâmpadas (Bíblia) com azeite (Espírito Santo) quando saíram ao encontro do noivo, apenas cinco, porém, possuíam azeite reserva. E por essa razão a Bíblia diz que cinco eram prudentes e cinco eram néscias, ou loucas. Apesar de todas as dez virgens saírem com as lâmpadas acesas, saírem anunciando a Palavra do Senhor, cinco delas não fizeram provisões do Espírito Santo para uma possível tardança do esposo. Não acumulavam experiências de fé e confiança em Deus, não receberam batismo diário do Espírito, que é a promessa mais importante feita na Palavra do Senhor. Pregavam sobre o Cordeiro, Defendiam a mensagem, aceitaram o chamado de Jesus e saíram a evangelizar (em Apocalipse 21:23 Jesus, o Cordeiro, é chamado de lâmpada;  a lâmpada que iluminará a Cidade Santa, a Nova Jerusalém), mas não tinham uma experiência particular como veremos na sequencia.
São dez virgens porque o número dez representa a totalidade. Mas cinco delas ouviram a Palavra, gostavam de estar na companhia daqueles que pregavam a mensagem, porém não praticaram seus ensinamentos e conselhos: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.”(Mat.7:24-27).
Embora apenas cinco das dez virgens não obtivesse o azeite reserva, a mesma parábola nos mostra que todas as dez dormiram (Mateus 25:5). Todo o povo de Deus está dormindo, e vale lembrarmos do texto inicial que lemos em Romanos 13:11 “E digo isto, conhecendo o tempo, que é já a hora de despertarmos do sono”. Aos que assim como o apóstolo Paulo são conhecedores do tempo, ele dirige a admoestação: “JÁ É HORA DE DESPERTARMOS DO SONO”. A sonolência deve ser enfrentada com luta, devemos resistir a ela, pois a Palavra de Deus nos mostra que é quando os servos de Deus dormem que o diabo semeia o joio no meio do trigo (Mateus 13:25).  A estes cabe o conselho de Paulo “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te entre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos e espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso bom Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus”.( Efé.5:14-21).  Este conselho é bem apropriado, pois, como vimos, segundo a parábola pela demora do noivo, todas as virgens adormeceram. E a grande ênfase que damos a este estudo é exatamente a que foi dado pelo apóstolo Paulo no versículo lido acima: “MAS ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO SANTO”.
“No momento da crise é que o caráter é revelado. Quando a voz ardorosa proclamou a meia-noite: “Aí vem o esposo, saí ao encontro”, e as virgens adormecidas ergueram-se de sua sonolência, foi visto quem fizera apreparação para o evento. Ambos os grupos foram pegos de surpresa; porém, um estava preparado para a emergência, e o outro não. Assim agora uma calamidade repentina e imprevista, alguma coisa que põe a alma face a face com a morte, mostrará se há fé real nas promessas de Deus. Mostrará se a alma é sustida pela graça. A grande prova final virá no fim do tempo da graça, quando será tarde demais para se suprirem as necessidades da alma”.
“As dez virgens estão esperando na noite da historia deste mundo. Todas dizem ser cristãs. Todas têm uma vocação, um nome, uma lâmpada, e todas pretendem fazer a obra de Deus. Todas aguardam, aparentemente, a volta de Jesus Cristo. Cinco, porém, estão desprevenidasCinco serão encontradas surpreendidas, aterrorizadas, fora do recinto do banquete”.   (Parábolas de Jesus, 412 – EGW – Casa Publicadora Brasileira).
 A Bíblia nos adverte muito quanto à sonolência: “Não esteja entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas.”(Prov.23:20 e 21 ). Precisamos pedir o Espírito e estar em condição de receber o cumprimento desta promessa. “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam”(Mat.25:8). A graça de Deus tem sido oferecida livremente a toda alma. Tem sido proclamada a mensagem do evangelho: “Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Apo.22:17). Todavia, o caráter não é transferível. Ninguém pode crer por outro. Ninguém pode receber o Espírito por outro. Ninguém pode dar a outrem o caráter que é o fruto da operação do Espírito. Chegará um tempo em que as virgens loucas verão suas lâmpadas se apagando e pedirão oração, mas conforme nos é dito em Ezequiel14:20 “ainda que  Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela [terra], vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam as suas próprias almas pela sua justiça.” A oração neste momento é inútil, pois o tempo de preparo foi negligenciado, é tarde demais… “Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.”(Mat.25:9 e 10) O juízo já está se findando para aquelas virgens e elas não estão prontas, o decreto que proíbe comprar e vender está em pleno vigor e as virgens loucas estão a comprar, elas não receberam o selo de Deus , a consolidação das verdades de Deus no coração… Quando voltam, a porta está fechada. E como num clamor de desespero chamam: “ Senhor, Senhor, abre-nos a porta! E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que não vos conheço.”(Mat.25:11 e 12 ). Tristes palavras, o Senhor não reconhece aquelas virgens…
“As palavras mais tristes que caíram em ouvidos mortais são aquelas da sentença: “Não vos conheço.”Unicamente a comunhão do Espírito que você desprezou poderia uni-lo à hoste jubilosa que estará no banquete das bodas. Você não poderá participar dessa cena. Sua luz incidiria sobre olhos cegos, e sua melodia em ouvidos surdos. Seu amor e alegria não fariam soar de júbilo corda alguma do coração entorpecido pelo mundo. Você é excluído do Céu por sua própria inaptidão para a sua companhia”.             
“Sem o Espírito de Deus, de nada vale o conhecimento da Palavra. A teoria da verdade não acompanhada do Espírito Santo, não pode vivificar a alma, nem santificar o coração. Pode estar-se familiarizado com os mandamentos e promessas da Bíblia, mas se o Espírito de Deus não introduzir a verdade no íntimo, o caráter não será transformado. Sem a iluminação do Espírito os homens não estarão aptos para distinguir a verdade do erro, e serão presa das tentações sutis de Satanás”.
“A classe representada pelas virgens loucas não é hipócrita. Têm consideração pela verdade, advogaram-na, são atraídos aos que crêem na verdade, mas não se entregaram à operação do Espírito Santo. Não caíram sobre a rocha, que é Cristo Jesus, e não permitiram que sua velha natureza fosse quebrantada. Essa classe é representada, também, pelos ouvintes comparados ao pedregal. Recebem a Palavra prontamente; porém, deixam de assimilar os seus princípios. Sua influência não permanece neles. O Espírito trabalha no coração do homem de acordo com o seu desejo e consentimento, nele implantando natureza nova; mas a classe representada pelas virgens loucas contentou-se com uma obra superficial. Não conhecem a Deus. Não estudaram seu caráter, não tiveram comunhão com ele; por isso não sabem confiar, como ver e viver. Seu serviço para Deus degenera em formalidades. “Eles vêm a Ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de Ti como Meu povo, ouvem as Tuas palavras, mas não as põe por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza.”(Eze.33:31). O apóstolo Paulo assinala que este será o característico especial dos que vivem justamente antes da segunda vinda de Cristo. Diz: “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos… mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.”(2 Tim.3:1-5). Vivemos neste tempo, e precisamos olhar para Jesus e viver”. (Parábolas de Jesus, 411 – EGW – Casa Publicadora Brasileira).
Uma última análise que fazemos da parábola e que nos mostra o tempo crítico e decisório que vivemos, se dá em um comparativo entre o que ocorreu com os Israelitas do passado no episódio relatado com Êxodo 32 e a parábola que viemos estudando: “Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós… e fez dele um bezerro fundido (Êxo. 32:1-5). É importante notarmos que por conta da tardança de Moisés, o povo usou isso como desculpa para pedir que se fizesse um ídolo para ser adorado. O bezerro de ouro, ou touro, conforme nos confirmam as enciclopédias históricas referente à culta dos povos antigos, era erguido pelos pagãos como representação de adoração e culto prestado ao deus sol. A história se repetirá. Segundo o que vimos até aqui demonstrado pela parábola das dez virgens, hoje o povo que professa crer no advento de Jesus está dormindo e dorme exatamente por conta da tardança do noivo. Assim como na história de Êxodo trinta e dois, por conta da tardança o povo caiu em idolatria e trocou a adoração ao Deus verdadeiro pela adoração ao deus sol, nesses últimos dias, no tempo em que as virgens dormem, veremos o povo erguer novamente o deus sol como objeto de culto. Hoje não mais através de um bezerro, mas através de um dia, que é aceito pela grande maioria como dia de descanso – o Domingo – em inglês vemos uma representação perfeita do que vimos na história do bezerro de ouro. Em inglês, Domingo se escreve da seguinte forma: SUNDAY (SUN = SOL / DAY = DIA / SUNDAY = DIA DO SOL). Quando o descanso dominical obrigatório for instituído como Lei Constitucional, quando o povo clamar para que o decreto dominical seja estabelecido, é o sinal de que as bodas já começaram e aqueles que estavam apercebidos e fizeram provisões com a porção dobrada do Espírito Santo, o azeite essencial, entrarão para as bodas. Tenho eu convicção de que o Espírito de Deus é uma realidade em minha vida? Posso estar seguro de que tenho procurado abastecer-me do “azeite reserva”?
Oremos para que a graça de Cristo ainda presente encontre resposta em nós e que busquemos conhecer o caráter de Deus, a cada dia clamando para que Seu caráter seja reproduzido em nós dia a dia sendo preenchidos com o maravilhoso, e o mais precioso dom celestial que é o derramamento do Espírito Santo de Deus!  Amém.
Que Deus te abençoe! Ass: Pr.Teologo Marcos Augusto Silva
I. A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (At 13-14)
1. De Antioquia a Chipre (At 13.1-12). O ponto de partida da primeira viagem de Paulo foi Antioquia da Síria (é a moderna Antakya, na Turquia. Atualmente é um sítio arqueológico). Antioquia ocupa um importante lugar na história do cristianismo. Foi onde Paulo pregou o seu primeiro sermão (numa sinagoga), e foi também onde os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de Cristãos (At 11.26). Barnabé e Marcos o acompanharam, tendo embarcado na cidade portuária de Selêucida. Chegando na ilha de Chipre, terra natal de Barnabé, anunciam a Palavra de Deus nas Sinagogas de Salamina, cruzam toda a ilha até Pafos, onde Paulo pregou para o procônsul Sérgio Paulo e onde Elimas, o mágico, se opôs a pregação do Evangelho.
2. De Chipre a Antioquia da Pisídia (At 13.13-52). Saindo da Ilha de Chipre, partiram em direção à Galácia do Sul (Psídia e Licaônia), no continente, passando por Perge, na Panfília, lugar de separação da equipe, quando João Marcos, assustado com a hostilidade daquele povo, retornou para Jerusalém. De Perge, rumaram para Antioquia da Psídia, que na verdade, não se encontrava na Pisídia, e, sim na Frigia e por ficar próxima da fronteira com a Pisídia, recebeu este nome a fim de distinguí-la da outra Antioquia, da Síria. Era uma colônia e um posto militar avançado dos romanos, sendo a cidade mais importante da Galácia do Sul.
3. De Icônio ao regresso a Antioquia (At 14.1-28). Expulso de Antioquia da Psídia, Paulo segue para Icônio, onde enfrenta rígida oposição tanto de judeus quanto de gentios. Partiram rumo à Licaonia e fundaram as igrejas de Listra e Derbe. Foi em Listra, onde através de Paulo, um coxo fora curado (14.8-10). Isso chamou a atenção das multidões e Paulo aproveitou o momento para anunciar o Evangelho. Aqui, os missionários são confundidos com Zeus (na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão) e Hermes (um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos). Os judeus de Antioquia da Psídia e de Icônio o atacaram e ele foi arrastado da cidade, quase morto (At 14.19). Depois disto, Paulo e Barnabé partiram para Derbe e de lá para a Igreja que os enviara, Antioquia da Síria, confirmando antes as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Psídia (14.22), estabelecendo pastores nativos em cada uma delas. Finda assim, a primeira viagem missionária, que durou cerca de dois anos e cujo relato de Lucas, ocupa os capítulos 13 e 14 de Atos.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Logo depois de serem comissionados pelo Espírito Santo, a Igreja de Antioquia enviou Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária.
II. A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA (At 15.36-18.28)
1. Em direção à Ásia (15.36-16.8). Depois do Concílio de Jerusalém, Paulo resolve executar outra viagem com os objetivos de visitar as igrejas fundadas na primeira missão e abrir outros campos de trabalho. Houve entre os missionários uma pendenga acerca de João Marcos, sobrinho de Barnabé, cuja participação nessa viagem não foi aceita por Paulo causando a separação apesar de terem continuado amigos. Paulo forma nova equipe, dessa vez com Silas e já em Listra, Timóteo junta-se a eles. Nessa segunda missão, Paulo viaja por terra, saindo de Antioquia da Síria em direção à Ásia Menor (atual Turquia). Atravessou a Cilícia, região onde se situava Tarso, sua terra natal [não existe registro de que Paulo tenha desempenhado algum papel missionário em sua terra natal], seguindo para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Psídia, confortando os novos crentes na fé e comunicando a decisão do Concílio de Jerusalém. O trio de missionários atravessam a região frígio-gálata [onde o Espírito Santo os impede de anunciar o evangelho – At 16.6]. Seguiram para Mísia e tentaram rumar à Bitínia, mas também o Espírito Santo não os permitiu (At 16.7). Toda a iniciativa no evangelismo e na atividade missionária, especialmente no caso das viagens missionárias registradas em Atos, deve ser orientada pelo Espírito Santo, como vemos em 1.8; 2.14-41; 4.8-12,31; 8.26-29,39,40; 10.19,20; 13.2; 16.6-10; 20.22. A orientação aqui, pode ter ocorrido em forma de uma revelação profética, de um impulso interior, de circunstâncias externas, ou visões (vv. 6-9). Pelo impulso do Espírito, avançavam para levar o evangelho aos não salvos. Quando o Espírito os impedia de ir numa direção, iam noutra, confiando nEle para aprovar ou desaprovar seus planos de viagem[1].

2. Em direção à Europa (16.12-18.18). Em Trôade [antiga Tróia da Ilíada de Homero], Paulo tem uma visão em que alguém lhe dizia: ‘Passa à Macedônia e ajuda-nos!’ (16.9). Em Trôade, a equipe ganha o reforço de Lucas. Da Ásia Menor, navegaram por dois dias em direção à Macedônia, a primeira região da Europa a ser visitada pelo apóstolo Paulo nesta sua segunda viagem missionária. Depois de chegar a Neápolis, o porto de Filipos, no nordeste da Macedônia, colônia romana e uma das principais cidades da Macedônia. Com essa visita, Paulo fundou a primeira igreja européia. A igreja fora organizada na casa de Lídia, rica comerciante vendedora de púrpura. Aqui, a cidadania romana de Paulo foi desrespeitada quando preso por libertar uma cativa de Satanás. Parece que Lucas permaneceu em Filipos quando Paulo, Silas e Timóteo percorreram as cidades macedônias de Anfípolis (uns 50 km de Filipos) e Apolônia (uns 50 km de Anfípolis). A seguir, Paulo visitou respectivamente as cidades macedônias de Tessalônica (uns 60 km de Apolônia), a principal cidade da Macedônia, com uma população constituída de gregos, romanos e judeus. Por três semanas pregou na sua sinagoga e por causa da perseguição, rumou para Beréia (uns 80 km de Tessalônica). Os bereanos foram mais receptivos e Paulo, na sinagoga, anuncia o Evangelho e não demorou muitos para os judeus de Tessalônica os perseguir também em Beréia e de lá tiveram que fugir às pressas e sozinho, indo para Atenas, deixou Silas e Timóteo naquela localidade (At 17.1-12). O bom relatório que Timóteo trouxe, ao retornar, induziu Paulo a escrever a sua primeira carta aos tessalonicenses (1Ts 3.6; At 18.5). A sua segunda carta aos tessalonicenses seguiu-se pouco depois.
3. Regresso. Paulo agora navega para Atenas, o centro cultural do mundo grego, onde se encontra com os filósofos estóicos e epicureus e defende o Evangelho no areópago, resultando numa pequena igreja. De lá, rumou para Corinto, na Acaia e por um ano e meio ensinou a Palavra de Deus. Morou na casa de Áquila [judeu do Ponto, expulso de Roma por determinação de Cláudio] e sua mulher Priscila. De Corinto, parte para Cencréia, a cidade portuária, de onde rumou para sua base, com breve parada em Éfeso, navegando em seguida rumo à Cesaréia, de onde seguiu para Jerusalém e depois Antioquia da Síria (18.22). É o fim de sua segunda viagem missionária.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O Espírito Santo conduz o apóstolo a realizar sua segunda viagem missionária.

III. TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (At 18.23-28.31)
1. De Antioquia a Macedônia (18.23-20.3). Paulo inicia a terceira viagem partindo de sua base em Antioquia da Síria, como fez das outras vezes. Lucas omite detalhes dessa trajetória até chegar em Éfeso, capital da Ásia Menor e mais importante cidade da região devido seu posicionamento geográfico onde cruzavam-se importantes rotas comerciais. Era o centro da adoração à Diana (Na Grécia, Ártemis ou Artemisa) e seu templo, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Por Éfeso havia passado Apolo, discípulo de Áquila. Paulo encontrou lá uma comunidade de doze crentes que conheciam apenas o batismo de João (At 19.1-7). Novamente Paulo ruma em direção à Corinto onde passou três meses e de onde escreveu a Epístola aos Romanos em 58 d.C. De volta à Antioquia da Síria, passa por Filipos, na Macedônia até chegar a Mileto.

2. De Filipos a Jerusalém (20.6-21.17). De Mileto, manda chamar os anciãos da Igreja em Éfeso e na praia local procedeu ao célebre discurso de despedida (20.17-38). Rumando à Cidade Santa, passa por Cesaréia e pela Fenícia.

3. Paulo em Jerusalém. Pelo Espírito, Paulo é avisado dos perigos que o esperavam na Cidade Santa. O Espírito Santo não estava proibindo Paulo de ir a Jerusalém, pois era da vontade de Deus que ele fosse. Deus, porém, estava dando a Paulo um aviso: que muito sofrimento o aguardava na sua ida para lá. Provavelmente o Espírito disse aqui, em Tiro, o mesmo que dissera em Cesaréia (vv. 8-14). Paulo, porém, estava decidido e disposto até mesmo a morrer por amor do evangelho (vv. 10-14). Em Jerusalém, os crentes aceitaram Paulo, e ele falou com Tiago e os presbíteros sobre o trabalho entre os gentios (21.17-19). Os irmãos de Jerusalém comentaram com Paulo a respeito de algumas pessoas que tinham recebido informações de outras que ele estava tentando destruir os costumes da lei de Moisés, e sugeriram que ele fosse purificado no Templo com alguns outros homens, para mostrar que ele não era oposto às práticas judaicas (21.20-24); Paulo aceitou o conselho, e entrou no Templo com os outros homens para ser purificado (21.26; veja 1Co 9.20) e acaba preso no Templo. Defende-se diante do povo e do Sinédrio e é enviado para Cesaréia, onde se apresenta diante de Félix, Festo e Agripa II. Aqui temos o início de uma quarta viagem missionária, dessa vez, para Roma, por ter apelado para César na condição de prisioneiro romano.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O Espírito Santo conduzia Paulo de cidade em cidade, fortalecendo-o para que realizasse sua terceira viagem missionária.

(III. CONCLUSÃO)
Paulo não dispunha dos recursos que estão à disposição da Igreja hoje, mas realizou muito mais do que todos nós juntos. A pé ou em velhas e sujas embarcações, em perigos de salteadores, em naufrágios e em perseguições, mas em tudo isso, soube aproveitar as situações para a glória de Deus e alcançar os que haviam de ser salvos. Por tudo o que sofreu durante o seu ministério, tornou-se o modelo a ser seguido para todos nós.
APLICAÇÃO PESSOAL
Não restam dúvidas de que Paulo seja realmente o maior missionário da história da Igreja, pelo muito que realizou em tão pouco tempo e com recursos paupérrimos. O motivo do seu sucesso ministerial foi sem dúvidas, a submissão à voz do Espírito Santo que o guiou por todos os caminhos. Mas devemos considerar também o preparo intelectual de Paulo. Talvez dominasse o aramaico, o idioma da Palestina, também o hebraico falado pelos mais cultos em Israel e a língua ‘sagrada’ das Escrituras; educado em duas culturas (grega e judaica), dominava as principais línguas faladas no Império, possuidor de uma cultura invejável adquirida em Tarso, zelo espiritual aprendido na mais severa seita dos fariseus, aos pés de Gamaliel, em Jerusalém; por profissão, fazedor de tendas. Com todo esse preparo, ele pode ser usado nas mãos do Senhor que o comissionara para este ministério desde o ventre de sua mãe. Deixou de lado as regras, tradições e todo o passado do qual tanto se gloriara, para levar avante a ordem de Jesus; ‘Por que hei de enviar-te aos gentios de longe’ (At 22.21). Que lição aprendemos com Paulo! O desafio de todo crente é ser um “missionário”, um “atalaia”, comissionado e orientado pelo Espírito Santo através da igreja (At 13.4). Para isso, é preciso o preparo, a formação, o zelo e a dedicação, e uma intimidade com Cristo, a exemplo de Paulo.
“Para o louvor da glória de Sua graça” (Ef 1.6,12,14),

aNOTAS BIBLIOGRAFICAS
[1]. STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; Adaptado da nota textual de At 16.6;
Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;
Lições Bíblicas 3º Trim 1996 – Jovens e Adultos: Atos – O padrão para a Igreja da última hora. pp. 79-85;
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;
Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.

A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE À LUZ DA BÍBLIA INTRODUÇÃO Nos últimos anos, tem sido apregoada aos quatro cantos do mundo um ensino exagerado sobre a prosperidade cristã. Segundo este ensinamento, todo crente tem que ser rico, não morar em casa alugada, ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Caso não seja assim, é porque está em pecado ou não tem fé. Neste estudo, procuraremos examinar o assunto à luz da Bíblia, buscando entender a verdadeira doutrina da prosperidade. I - O QUE É PROSPERIDADE. No Dic. Aurélio, encontramos vários significados em torno da palavra prosperidade.: 1. PROSPERIDADE (do lat., prosperitate). Qualidade ou estado de próspero; situação próspera. 2. PROSPERAR. Tornar-se próspero ou afortunado; enriquecer; ser favorável; progredir; desenvolver. 3. PRÓSPERO. Propício, favorável, ditoso, feliz, venturoso. 4. BIBLICAMENTE, prosperidade é mais que isso. É o que diz o Salmo 1. 1-3. II - A MODERNA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA. 1. NOMES INFLUENTES. 1.1. KENYON. Nasceu em 24.04.1867, Saratoga, Nova York, EUA, falecendo aos 19.03.48. Nos anos 30 a 40, desenvolveram-se os ensinos de Essek William Kenyon. Segundo Pieratt (p. 27), ele tinha pouco conhecimento teológico formal. “Kenyon nutria uma simpatia por Mary Baker Eddy” (Gondim, p. 44), fundadora do movimento herético “Ciência Cristã”, que afirma que a matéria, a doença não existem. Tudo depende da mente. Pastoreou igrejas batistas, metodistas e pentecostais. Depois, ficou sem ligar-se a qualquer igreja. De acordo com Hanegraaff, Kenyon sofreu influência das seitas metafísicas como Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento, que é o pai do chamado “Movimento da Fé”. Esses ensinos afirmam que tudo o que você pensar e disser transformará em realidade. Enfatizam o “Poder da Mente”. 1.2. KENNETH HAGIN. Discípulo de Kenyon. Nasceu em 20.08.1918, em McKinney, Estado do Texas, EUA. sofreu várias enfermidades e pobreza; diz que se converteu após ter ido três vezes ao inferno (Romeiro, p. 10). Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação de Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da “Confissão Positiva”. Foi pastor de uma igreja batista (1934-1937); depois ligou-se à Assembléia de Deus (1937-1949), em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou seu próprio ministério, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. Foi criticado por ter escrito livros com total semelhança aos de Kenyon, mas defendeu-se , dizendo que não era plágio, que os recebera diretamente de Deus. OUTROS. Kenneth Copeland, seguidor de Haggin, diz que “Satanás venceu Jesus na cruz” (Hanegraaff, p. 36). Benny Hinn. Tem feito muito sucesso. Diz que teve a revelação de que as mulheres originalmente deveriam dar à luz pelo lado de seus corpos (id., p. 36). Há muitos outros nomes, mas este espaço do estudo não permite registrá-los. III - OS ENSINOS DO EVANGELHO DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA. Os defensores da “teologia ou do evangelho da prosperidade” baseiam-se em três pontos a serem considerados: 1. AUTORIDADE ESPIRITUAL. 1.1. PROFETAS, HOJE. Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que “recebe revelações diretamente do Senhor”; “…Dou graças a Deus pela unção de profeta…Reconheço que se trata de uma unção diferente…é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes” (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7). è O QUE DIZ A BÍBLIA: O ministério profético, nos termos do AT, duraram até João (Mt 11.13). Os profetas de hoje são os ministros da Palavra (Ef 4.11). O dom de profecia (1 Co 12.10) não confere autoridade profética. 1.2. “AUTORIDADE DAS REVELAÇÕES”. Essa autoridade deriva das “visões, profecias, entrevistas com Jesus, curas, palavras de conhecimento, nuvens de glória, rostos que brilham, ser abatido (cair) no Espírito”, rejeição às doenças, ordenando-lhes que saiam, etc. Ele diz que quem rejeitar seus ensinos “serão atingidos de morte, como Ananias e Safira” (Pieratt, p. 48). è O QUE DIZ A BÍBLIA. A Palavra de Deus garante autoridade aos servos do Senhor (cf. Lc 24.49; At 1.8; Mc 16.17,18). Mas essa autoridade ou poder deriva da fé no Nome de Jesus e da Sua Palavra, e não das experiências pessoais, de visões e revelações atuais. Não pode existir qualquer “nova revelação” da vontade de Deus. Tudo está na Bíblia (Ver At 20.20; Ap 22.18,19). Se um homem diz que lhe foi revelado que a mulher deveria ter filhos pelos lados do corpo, isso não tem base bíblica, carecendo tal pessoa de autoridade espiritual. Deveria seguir o exemplo de Paulo, que recebeu revelação extraordinária, mas não a escreveu (cf. 2 Co 12.1-6). 1.3. HOMENS SÃO DEUSES! Diz Hagin: “Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi…” (Hagin, Word of Faith, 1980, p. 14). “Você não tem um deus dentro de você. Você é um Deus” (Kenneth Copeland, fita cassete The Force of Love, BBC-56). “Eis quem somos: somos Cristo!” (Hagin, Zoe: A Própria Vida de Deus, p.57). Baseiam-se, erroneamente, no Sl 82.6, citado por Jesus em Jo 10.31-39. “Eu sou um pequeno Messias” (Hagin, citado por Hanegraaff, p. 119). O QUE A BÍBLIA DIZ. Satanás, no Éden, incluiu no seu engodo, que o homem seria “como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.5). Isso é doutrina de demônio. Em Jo 10.34, Jesus citou o Sl 82.6, mostrando a fragilidade do homem e não sua deificação: “…Todavia, como homem morrereis e caireis, como qualquer dos príncipes” (v. 7). “Deus não é homem” (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Os 11.9 Ex 9.14). Fomos feitos semelhantes a Deus, mas não somos iguais a Ele, que é Onipotente (Jó 42.2;…); o homem é frágil (1 Co 1.25); Deus é Onisciente (Is 40.13, 14; Sl 147.5); o homem é limitado no conhecimento (Is 55.8,9). Deus é Onipresente (Jr 23.23,24). O homem só pode estar num lugar (Sl 139.1-12). Diante desse ensino, pode-se entender porque os adeptos da doutrina da prosperidade pregam que podem obter o que quiserem, nunca sendo pobres, nunca adoecendo. É que se consideram deuses! 2. SAÚDE E PROSPERIDADE. Esse tema insere-se no âmbito das “promessas da doutrina da prosperidade”. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei. 2.1. BÊNÇÃO E MALDIÇÃO DA LEI. Com base em Gl 3.13,14, K.Hagin diz que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Hagin diz que os cristão sofrem doenças por causa da lei de Moisés. O QUE DIZ A BÍBLIA. Paulo refere-se, no texto de Gl 3 à maldição da lei a todos os homens, que permanecem nos seus pecados. A igreja não se encontra debaixo da maldição da lei de Moisés. (cf. Rm 3.19; Ef 2.14). Hagin diz que ficamos debaixo da bênção de Abraão (Gl 3.7-9), que inclui não ter doenças e ser rico. Ora, Abraão foi abençoado por causa da fé e não das riquezas. Aliás, estas lhe causaram grandes problemas. Muitos cristãos fiéis ficaram doentes e foram martirizados, vivendo na pobreza, mas herdeiros das riquezas celestiais (1 Pe 3.7). Os teólogos da prosperidade dizem que Cristo, na Cruz, “removeu não somente a culpa do pecado, mas os efeitos do pecado” (Pieratt, p. 132). Mas isso não é verdade, pois Paulo diz que “toda a criação geme”, inclusive os crentes, aguardando a completa redenção. 2.2. O CRISTÃO NÃO DEVE ADOECER. Eles ensinam que “todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças” e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções (Pieratt, p. 135). Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente. O QUE DIZ A BÍBLIA: “No mundo, tereis aflições” (Jo 16.33). São Paulo viveu doente (Ver 1 Co 4.11; Gl 4.13), passou fome, sede, nudez, agressões, etc. Seus companheiros adoeceram (Fp 2.30). Timóteo tinha uma doença crônica (1 Tm 5.23). Trófimo ficou doente (2 Tm 4.20). Essas pessoas não tinham fé? Jesus curou enfermos, e citou Is 53.4,5 (cf. Mt 8.16,17). No tanque de Betesda, havia muitos doentes, mas Jesus só curou um (cf. Jo 5.3,8,9). Deus cura, sim. Mas não cura todos as pessoas. Se assim fosse, não haveria nenhum crente doente. Deve-se considerar os desígnios e a soberania divina. Conhecemos homens e mulheres de Deus, gigantes na fé, que têm adoecido e passado para o Senhor. 2.3. O CRISTÃO NÃO DEVE SER POBRE. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova (jamais morar em casa alugada!), as melhores roupas, uma vida de luxo. Dizem que Jesus andou no “cadillac” da época, o jumentinho. Isso é ingênuo, pois o “cadillac” da época de Cristo seria a carruagem de luxo, e não o simples jumentinho. O QUE DIZ A BÍBLIA. A Palavra de Deus não incentiva a riqueza (também não a proíbe, desde que adquirida com honestidade, nem santifica a pobreza); S. Paulo diz que aprendeu a contentar-se com o que tinha (cf. Fp 4.11,12; 1 Tm 6.8); Jesus enfatizou que só uma coisa era necessária: ouvir sua palavra (Lc 10.42); Ele disse que é difícil um rico entrar no céu (Mt 19.23); disse, também, que a vida não se constitui de riquezas (Lc 12.15). Os apóstolos não foram ricaços, mas homens simples, sem a posse de riquezas materiais. S. Paulo advertiu para o perigo das riquezas (1 Tm 6.7-10) 3. CONFISSÃO POSITIVA. É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na “fórmula da fé”, que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a “fórmula”. Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la: 1) “Diga a coisa” positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá”. Essa é a essência da confissão positiva. 2) ” Faça a coisa”. “Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá”. 3) “Receba a coisa”. Compete a nós a conexão com o dínamo do céu”. A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo. 4) “Conte a coisa” a fim de que outros também possam crer”. Para fazer a “confissão positiva”, o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: “se for da tua vontade”, segundo Benny Hinn, pois isto destrói a fé. Mas Jesus orou ao Pai, dizendo: “Se é da tua vontade…faça-se a tua vontade…” (Mt 26.39,42). “Confissão positiva” se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão” (Romeiro, p. 6). IV - A VERDADEIRA PROSPERIDADE. A Palavra de Deus tem promessas de prosperidade para seus filhos. Ao refutar a “Teologia da Prosperidade”, não devemos aceitar nem pregar a “Teologia da Miserabilidade”. 1. A PROSPERIDADE ESPIRITUAL. Esta deve vir em primeiro lugar. Sl 112.3; Sl 73.23-28. É ser salvo em Cristo Jesus; batizado com o Espírito Santo; é ter o nome escrito no Livro da Vida; é ser herdeiro com Cristo (Rm 8.17); Deus escolheu os pobres deste mundo para serem herdeiros do reino (Tg 2.5); somos co-herdeiros da graça (1 Pe 3.7); devemos ser ricos de boas obras (1 Tm 6.18,19); tudo isso nos é concedido pela graça de Deus. 2. PROSPERIDADE EM TUDO. Deus promete bênçãos materiais a seus servos, condicionando-as à obediência à sua Palavra e não à “Confissão Positiva”. 2.1. BÊNÇÃOS E OBEDIÊNCIA. Dt 28.1-14. São bênçãos prometidas a Israel, que podem ser aplicadas aos crentes, hoje. 2.2. PROSPERIDADE EM TUDO (Sl 1.1-3; Dt 29.29; ). As promessas de Deus para o justo são perfeitamente válidas para hoje. Mas isso não significa que o crente que não tiver todos os bens, casa própria, carro novo, etc, não seja fiel. 2.3. CRENDO NOS SEU PROFETAS (2 Cr 20.20;). Deus promete prosperidada para quem crê na Sua palavra, transmitida pelos seus profetas, ou seja, homens e mulheres de Deus, que falam verdadeiramente pela direção do Espírito Santo, em acordo com a Bíblia, e não por entendimento pessoal. 2.4. PROSPERIDADE E SAÚDE (3 Jo 2). A saúde é uma bênção de Deus para seu povo em todos os tempos. Mas não se deve exagerar, dizendo que quem ficar doente é porque está em pecado ou porque não tem fé. 2.5. BÊNÇÃOS DECORRENTES DA FIDELIDADE NO DÍZIMO (Ml 3.10,11). As janelas do céu são abertas para aqueles que entregam seus dízimos fielmente, pela fé e obediência à Palavra de Deus. 2.6. O JUSTO NÃO DEVE SER MISERÁVEL. (Sl 37.25). O servo de Deus não deve ser miserável, ainda que possa ser pobre, pois a pobreza nunca foi maldição, de acordo com a Bíblia. CONCLUSÃO. O crente em Jesus tem o direito de ser próspero espiritual e materialmente, segundo a bênção de Deus sobre sua vida, sua família, seu trabalho. Mas isso não significa que todos tenham de ser ricos materialmente, no luxo e na ostentação. Ser pobre não é pecado nem ser rico é sinônimo de santidade. Não devemos aceitar os exageros da “Teologia da Prosperidade”, nem aceitar a “Teologia da Miserabilidade”. Deus é fiel em suas promessa. Na vida material, a promessa de bênçãos decorrentes da fidelidade nos dízimos aplicam-se á igreja. A saúde é bênção de Deus. Contudo, servos de Deus, humildes e fiéis, adoecem e muitos são chamados á glória, não por pecado ou falta de fé, mas por desígnio de Deus. Que o Senhor nos ajude a entender melhor essas verdades. BIBLIOGRAFIA. - Bíblia Sagrada, ERC. Ed. Vida, S. Paulo, 1982. - GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era. Abba, S. Paulo, 1993. - HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996. - ROMEIRO, Paulo. Super Crentes. Mundo Cristão, S. Paulo, 1993.A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE À LUZ DA BÍBLIA INTRODUÇÃO Nos últimos anos, tem sido apregoada aos quatro cantos do mundo um ensino exagerado sobre a prosperidade cristã. Segundo este ensinamento, todo crente tem que ser rico, não morar em casa alugada, ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Caso não seja assim, é porque está em pecado ou não tem fé. Neste estudo, procuraremos examinar o assunto à luz da Bíblia, buscando entender a verdadeira doutrina da prosperidade. I - O QUE É PROSPERIDADE. No Dic. Aurélio, encontramos vários significados em torno da palavra prosperidade.: 1. PROSPERIDADE (do lat., prosperitate). Qualidade ou estado de próspero; situação próspera. 2. PROSPERAR. Tornar-se próspero ou afortunado; enriquecer; ser favorável; progredir; desenvolver. 3. PRÓSPERO. Propício, favorável, ditoso, feliz, venturoso. 4. BIBLICAMENTE, prosperidade é mais que isso. É o que diz o Salmo 1. 1-3. II - A MODERNA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA. 1. NOMES INFLUENTES. 1.1. KENYON. Nasceu em 24.04.1867, Saratoga, Nova York, EUA, falecendo aos 19.03.48. Nos anos 30 a 40, desenvolveram-se os ensinos de Essek William Kenyon. Segundo Pieratt (p. 27), ele tinha pouco conhecimento teológico formal. “Kenyon nutria uma simpatia por Mary Baker Eddy” (Gondim, p. 44), fundadora do movimento herético “Ciência Cristã”, que afirma que a matéria, a doença não existem. Tudo depende da mente. Pastoreou igrejas batistas, metodistas e pentecostais. Depois, ficou sem ligar-se a qualquer igreja. De acordo com Hanegraaff, Kenyon sofreu influência das seitas metafísicas como Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento, que é o pai do chamado “Movimento da Fé”. Esses ensinos afirmam que tudo o que você pensar e disser transformará em realidade. Enfatizam o “Poder da Mente”. 1.2. KENNETH HAGIN. Discípulo de Kenyon. Nasceu em 20.08.1918, em McKinney, Estado do Texas, EUA. sofreu várias enfermidades e pobreza; diz que se converteu após ter ido três vezes ao inferno (Romeiro, p. 10). Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação de Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da “Confissão Positiva”. Foi pastor de uma igreja batista (1934-1937); depois ligou-se à Assembléia de Deus (1937-1949), em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou seu próprio ministério, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. Foi criticado por ter escrito livros com total semelhança aos de Kenyon, mas defendeu-se , dizendo que não era plágio, que os recebera diretamente de Deus. OUTROS. Kenneth Copeland, seguidor de Haggin, diz que “Satanás venceu Jesus na cruz” (Hanegraaff, p. 36). Benny Hinn. Tem feito muito sucesso. Diz que teve a revelação de que as mulheres originalmente deveriam dar à luz pelo lado de seus corpos (id., p. 36). Há muitos outros nomes, mas este espaço do estudo não permite registrá-los. III - OS ENSINOS DO EVANGELHO DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA. Os defensores da “teologia ou do evangelho da prosperidade” baseiam-se em três pontos a serem considerados: 1. AUTORIDADE ESPIRITUAL. 1.1. PROFETAS, HOJE. Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que “recebe revelações diretamente do Senhor”; “…Dou graças a Deus pela unção de profeta…Reconheço que se trata de uma unção diferente…é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes” (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7). è O QUE DIZ A BÍBLIA: O ministério profético, nos termos do AT, duraram até João (Mt 11.13). Os profetas de hoje são os ministros da Palavra (Ef 4.11). O dom de profecia (1 Co 12.10) não confere autoridade profética. 1.2. “AUTORIDADE DAS REVELAÇÕES”. Essa autoridade deriva das “visões, profecias, entrevistas com Jesus, curas, palavras de conhecimento, nuvens de glória, rostos que brilham, ser abatido (cair) no Espírito”, rejeição às doenças, ordenando-lhes que saiam, etc. Ele diz que quem rejeitar seus ensinos “serão atingidos de morte, como Ananias e Safira” (Pieratt, p. 48). è O QUE DIZ A BÍBLIA. A Palavra de Deus garante autoridade aos servos do Senhor (cf. Lc 24.49; At 1.8; Mc 16.17,18). Mas essa autoridade ou poder deriva da fé no Nome de Jesus e da Sua Palavra, e não das experiências pessoais, de visões e revelações atuais. Não pode existir qualquer “nova revelação” da vontade de Deus. Tudo está na Bíblia (Ver At 20.20; Ap 22.18,19). Se um homem diz que lhe foi revelado que a mulher deveria ter filhos pelos lados do corpo, isso não tem base bíblica, carecendo tal pessoa de autoridade espiritual. Deveria seguir o exemplo de Paulo, que recebeu revelação extraordinária, mas não a escreveu (cf. 2 Co 12.1-6). 1.3. HOMENS SÃO DEUSES! Diz Hagin: “Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi…” (Hagin, Word of Faith, 1980, p. 14). “Você não tem um deus dentro de você. Você é um Deus” (Kenneth Copeland, fita cassete The Force of Love, BBC-56). “Eis quem somos: somos Cristo!” (Hagin, Zoe: A Própria Vida de Deus, p.57). Baseiam-se, erroneamente, no Sl 82.6, citado por Jesus em Jo 10.31-39. “Eu sou um pequeno Messias” (Hagin, citado por Hanegraaff, p. 119). O QUE A BÍBLIA DIZ. Satanás, no Éden, incluiu no seu engodo, que o homem seria “como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.5). Isso é doutrina de demônio. Em Jo 10.34, Jesus citou o Sl 82.6, mostrando a fragilidade do homem e não sua deificação: “…Todavia, como homem morrereis e caireis, como qualquer dos príncipes” (v. 7). “Deus não é homem” (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Os 11.9 Ex 9.14). Fomos feitos semelhantes a Deus, mas não somos iguais a Ele, que é Onipotente (Jó 42.2;…); o homem é frágil (1 Co 1.25); Deus é Onisciente (Is 40.13, 14; Sl 147.5); o homem é limitado no conhecimento (Is 55.8,9). Deus é Onipresente (Jr 23.23,24). O homem só pode estar num lugar (Sl 139.1-12). Diante desse ensino, pode-se entender porque os adeptos da doutrina da prosperidade pregam que podem obter o que quiserem, nunca sendo pobres, nunca adoecendo. É que se consideram deuses! 2. SAÚDE E PROSPERIDADE. Esse tema insere-se no âmbito das “promessas da doutrina da prosperidade”. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei. 2.1. BÊNÇÃO E MALDIÇÃO DA LEI. Com base em Gl 3.13,14, K.Hagin diz que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Hagin diz que os cristão sofrem doenças por causa da lei de Moisés. O QUE DIZ A BÍBLIA. Paulo refere-se, no texto de Gl 3 à maldição da lei a todos os homens, que permanecem nos seus pecados. A igreja não se encontra debaixo da maldição da lei de Moisés. (cf. Rm 3.19; Ef 2.14). Hagin diz que ficamos debaixo da bênção de Abraão (Gl 3.7-9), que inclui não ter doenças e ser rico. Ora, Abraão foi abençoado por causa da fé e não das riquezas. Aliás, estas lhe causaram grandes problemas. Muitos cristãos fiéis ficaram doentes e foram martirizados, vivendo na pobreza, mas herdeiros das riquezas celestiais (1 Pe 3.7). Os teólogos da prosperidade dizem que Cristo, na Cruz, “removeu não somente a culpa do pecado, mas os efeitos do pecado” (Pieratt, p. 132). Mas isso não é verdade, pois Paulo diz que “toda a criação geme”, inclusive os crentes, aguardando a completa redenção. 2.2. O CRISTÃO NÃO DEVE ADOECER. Eles ensinam que “todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças” e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções (Pieratt, p. 135). Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente. O QUE DIZ A BÍBLIA: “No mundo, tereis aflições” (Jo 16.33). São Paulo viveu doente (Ver 1 Co 4.11; Gl 4.13), passou fome, sede, nudez, agressões, etc. Seus companheiros adoeceram (Fp 2.30). Timóteo tinha uma doença crônica (1 Tm 5.23). Trófimo ficou doente (2 Tm 4.20). Essas pessoas não tinham fé? Jesus curou enfermos, e citou Is 53.4,5 (cf. Mt 8.16,17). No tanque de Betesda, havia muitos doentes, mas Jesus só curou um (cf. Jo 5.3,8,9). Deus cura, sim. Mas não cura todos as pessoas. Se assim fosse, não haveria nenhum crente doente. Deve-se considerar os desígnios e a soberania divina. Conhecemos homens e mulheres de Deus, gigantes na fé, que têm adoecido e passado para o Senhor. 2.3. O CRISTÃO NÃO DEVE SER POBRE. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova (jamais morar em casa alugada!), as melhores roupas, uma vida de luxo. Dizem que Jesus andou no “cadillac” da época, o jumentinho. Isso é ingênuo, pois o “cadillac” da época de Cristo seria a carruagem de luxo, e não o simples jumentinho. O QUE DIZ A BÍBLIA. A Palavra de Deus não incentiva a riqueza (também não a proíbe, desde que adquirida com honestidade, nem santifica a pobreza); S. Paulo diz que aprendeu a contentar-se com o que tinha (cf. Fp 4.11,12; 1 Tm 6.8); Jesus enfatizou que só uma coisa era necessária: ouvir sua palavra (Lc 10.42); Ele disse que é difícil um rico entrar no céu (Mt 19.23); disse, também, que a vida não se constitui de riquezas (Lc 12.15). Os apóstolos não foram ricaços, mas homens simples, sem a posse de riquezas materiais. S. Paulo advertiu para o perigo das riquezas (1 Tm 6.7-10) 3. CONFISSÃO POSITIVA. É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na “fórmula da fé”, que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a “fórmula”. Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la: 1) “Diga a coisa” positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá”. Essa é a essência da confissão positiva. 2) ” Faça a coisa”. “Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá”. 3) “Receba a coisa”. Compete a nós a conexão com o dínamo do céu”. A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo. 4) “Conte a coisa” a fim de que outros também possam crer”. Para fazer a “confissão positiva”, o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: “se for da tua vontade”, segundo Benny Hinn, pois isto destrói a fé. Mas Jesus orou ao Pai, dizendo: “Se é da tua vontade…faça-se a tua vontade…” (Mt 26.39,42). “Confissão positiva” se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão” (Romeiro, p. 6). IV - A VERDADEIRA PROSPERIDADE. A Palavra de Deus tem promessas de prosperidade para seus filhos. Ao refutar a “Teologia da Prosperidade”, não devemos aceitar nem pregar a “Teologia da Miserabilidade”. 1. A PROSPERIDADE ESPIRITUAL. Esta deve vir em primeiro lugar. Sl 112.3; Sl 73.23-28. É ser salvo em Cristo Jesus; batizado com o Espírito Santo; é ter o nome escrito no Livro da Vida; é ser herdeiro com Cristo (Rm 8.17); Deus escolheu os pobres deste mundo para serem herdeiros do reino (Tg 2.5); somos co-herdeiros da graça (1 Pe 3.7); devemos ser ricos de boas obras (1 Tm 6.18,19); tudo isso nos é concedido pela graça de Deus. 2. PROSPERIDADE EM TUDO. Deus promete bênçãos materiais a seus servos, condicionando-as à obediência à sua Palavra e não à “Confissão Positiva”. 2.1. BÊNÇÃOS E OBEDIÊNCIA. Dt 28.1-14. São bênçãos prometidas a Israel, que podem ser aplicadas aos crentes, hoje. 2.2. PROSPERIDADE EM TUDO (Sl 1.1-3; Dt 29.29; ). As promessas de Deus para o justo são perfeitamente válidas para hoje. Mas isso não significa que o crente que não tiver todos os bens, casa própria, carro novo, etc, não seja fiel. 2.3. CRENDO NOS SEU PROFETAS (2 Cr 20.20;). Deus promete prosperidada para quem crê na Sua palavra, transmitida pelos seus profetas, ou seja, homens e mulheres de Deus, que falam verdadeiramente pela direção do Espírito Santo, em acordo com a Bíblia, e não por entendimento pessoal. 2.4. PROSPERIDADE E SAÚDE (3 Jo 2). A saúde é uma bênção de Deus para seu povo em todos os tempos. Mas não se deve exagerar, dizendo que quem ficar doente é porque está em pecado ou porque não tem fé. 2.5. BÊNÇÃOS DECORRENTES DA FIDELIDADE NO DÍZIMO (Ml 3.10,11). As janelas do céu são abertas para aqueles que entregam seus dízimos fielmente, pela fé e obediência à Palavra de Deus. 2.6. O JUSTO NÃO DEVE SER MISERÁVEL. (Sl 37.25). O servo de Deus não deve ser miserável, ainda que possa ser pobre, pois a pobreza nunca foi maldição, de acordo com a Bíblia. CONCLUSÃO. O crente em Jesus tem o direito de ser próspero espiritual e materialmente, segundo a bênção de Deus sobre sua vida, sua família, seu trabalho. Mas isso não significa que todos tenham de ser ricos materialmente, no luxo e na ostentação. Ser pobre não é pecado nem ser rico é sinônimo de santidade. Não devemos aceitar os exageros da “Teologia da Prosperidade”, nem aceitar a “Teologia da Miserabilidade”. Deus é fiel em suas promessa. Na vida material, a promessa de bênçãos decorrentes da fidelidade nos dízimos aplicam-se á igreja. A saúde é bênção de Deus. Contudo, servos de Deus, humildes e fiéis, adoecem e muitos são chamados á glória, não por pecado ou falta de fé, mas por desígnio de Deus. Que o Senhor nos ajude a entender melhor essas verdades. BIBLIOGRAFIA. - Bíblia Sagrada, ERC. Ed. Vida, S. Paulo, 1982. - GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era. Abba, S. Paulo, 1993. - HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996. - ROMEIRO, Paulo. Super Crentes. Mundo Cristão, S. Paulo, 1993.

ESTUDO DIZIMO E OFERTA


DIZIMOS E OFERTAS  
               Textos iniciais: Malaquias 3:8-10 e Mateus 25:14-30

INTRODUÇÃO:

            A infidelidade a Deus nos Dízimos e nas Ofertas tem impedido muitos crentes de viverem a vida abundante que a Palavra de Deus promete.

            O estudo deste tema para crentes fiéis e super-atraente e motivo de louvor e júbilo! Porém, para os infiéis se mostra pesado, e pouco atraente!

            Vejamos o que nos diz a Palavra de Deus...

I - O QUE É DÍZIMO?
            R = É 10% (dez por cento) ou 1/10 avos.
            Deus é muito bom, de 100% Ele permite que fiquemos com 90%, nos pede apenas 10%!
            Não é OFERTA! Oferta é tudo aquilo que damos além do dízimo.
            OFERTA ALÇADA - Vem do Hebraico “teruma” = PESADAS, ALTAS, ELEVADAS, PRODUTIVAS...

II - NÓS SOMOS MORDOMOS DO SENHOR

            Mordomo é o Administrador de Bens Alheios
            Tudo o que temos, na verdade, não é nosso - É do Senhor!

I Cor 10:26 “Porque do Senhor é a terra e a sua Plenitude”
Ageu 2:8 “Minha  é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos.”
SL 50:10 “Porque meu é todo o animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço as aves dos montes e minhas são todas as feras do campo...”
Col 1:16 “... tudo foi criado por meio dele e para Ele.”
Gn 2:15 - “E tomou o Senhor Deus ao homem e o pôs no Jardim do Éden para o lavrar e guardar.” - Deus não deu o jardim ao homem,  pôs o homem no jardim para o lavrar e guardar...
Mt 25:14-30 - Na parábola dos talentos vemos que o Senhor entregou os talentos para os servos administrarem... Mas tarde o Senhor volta para pedir contas de tudo!

III - TUDO O QUE TEMOS VEM DO SENHOR
I CRÔNICAS 29:14
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos.
Os 2:8-9 “Ela, pois, não soube que eu é que lhe dei o grão, e o vinho, e o óleo, e lhe multipliquei a prata e o ouro... Portanto, tornar-me-ei e reterei a seu tempo o meu grão, e o meu vinho; e arrebatarei a minha lã e o meu linho...”

IV - UM DIA TEREMOS QUE PRESTAR CONTAS
É o que aprendemos na Parábola dos Talentos - Mt 25:14-30
Rm 14:12 “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.”
II cor 5:10 “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo...”

Prestaremos conta de TUDO! Dos dízimos (10%) e até mesmo dos restantes 90% que também não é nosso! (somos apenas mordomos...)

V - O DÍZIMO É BÍBLICO

            A) NO VELHO TESTAMENTO
           
1) No Éden - Já vemos o princípio do dízimo quando o Senhor separou uma árvore para Ele
2) Abraão dizimou - Gn 14:20 - Note que Abraão não viveu debaixo da Lei e sim da Graça - Gál 3:17.
3) Jacó dizimava - Gn 28:20-22 - também viveu antes da lei!
4) Melquisedeque (Sacerdote) recebia dízimos - Hb 7:1-2 - antes da lei!
5) O dízimo foi depois incluído na Lei - Lv 27:30-32 - Nm 18:21-24 - Dt 14:22-29 “O dízimo será santo ao Senhor” - Os que costumam dizer que não dão o dízimo porque é coisa da lei, saibam que Jesus afirmou que a Lei não foi revogada “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir” - Mt 5:17 ( leia até o verso 20).
6) Salomão, que foi o homem mais sábio da terra, afirmou: - “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Prov 3:9-10).

            B) NO NOVO TESTAMENTO:
1) Em Jesus foi restaurado o tempo da graça (que existiu no tempo de Abraão) - e a graça não exclui o dizimar...
2) O Novo Testamento não anula, cancela ou revoga o V.T. apenas modifica ou adiciona... E não alterou a lei do dízimo!
3) Exemplos:  O Fariseu da parábola (Lc 18:12) - Os fariseus em geral  (Mt 23:23).
4) Levi (=Mateus) recebia dízimos - de quem? Sinal de que era prática apostólica Hb 7:9
5) Judas Iscariotes era Tesoureiro do colégio apostólico - para quê havia um Tesoureiro? Certamente para recolher dízimos e ofertas!
6) Jesus ratificou a prática do dízimo:
            “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” - Mt 5:20
            Exceder - significa fazer tudo de correto que eles faziam e muito mais.
            “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas, pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé. Deveis porém fazer estas coisas e não omitir aquelas.” - Mt 23:23
            “Estas coisas” - deveis fazer... ( praticar o juízo, a misericórdia e a fé )
            e “Não omitir aquelas” = ( dar o dízimo )
7) “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” - Lc 20:19-26
            De César - era o imposto
            De Deus - o dízimo!!!
8) Cristo é Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque - SL 110:4 - Hb 7:17,21.
            Melquisedeque recebia dízimos de Abraão...
            Cristo recebe dízimos dos filhos de Abraão... (nós somos filhos na fé de Abraão)
9) Outros textos em que Cristo aprova a contribuição financeira e reprova a avareza:
            Aprovou a oferta da viúva pobre Lc 21:1-4;
            Lc 11:42; Lc 12:15,22-31,42-44; Lc 16:1,2,10-12; Lc 18:18-23; 29-30; Lc 19:11-27

VI - DESCULPAS INFUNDADAS ( QUE DEUS JAMAIS ACEITARÁ! )

1) “NÃO ENTREGO O DÍZIMO MAS DOU OFERTAS” - Lv 27:30-32 “ O dízimo é santo ao Senhor” - A lei não foi revogada! Mal 3:8 diz que quem não dizima rouba a Deus - Uma oferta que é menor (não pelo valor!) não subistitue uma dívida maior! O dízimo é mais importante!

2) “EU ADMINISTRO O MEU DÍZIMO...” - Errado! Está escrito: “Trareis à Casa do Tesouro” - Deve ser entregue publicamente na Igreja onde se é membro ou participante;

3) “NÃO DOU O DÍZIMO PORQUE GANHO POUCO” - Injustificável... Sendo o dízimo percentual, ele é proporcional... É cálculo justo, igual para todos (10%).  - Jesus não olha apenas o que damos, mas o que nos sobra! (caso da viúva pobre, ele percebeu que não lhe sobrou nada!)

4) “NÃO DOU PORQUE NÃO SOBRA” - O Dízimo deve ser “primícia” para Deus. Deve ser o primeiro pagamento quando recebemos o nosso salário. Deve ser dado pela fé! Deus está em primeiro lugar, e deve ocupar o primeiro lugar na sua vida, e também no seu orçamento.

5) “NÃO CONCORDO COM A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA”
- Ao entregar o dízimo, o estamos entregando para Deus...
- Os Administradores dos recursos de Deus, terão que prestar contas da sua administração...
- E você prestará contas do que não deu!
- concordando ou não, devemos entregar o dízimo na igreja onde somos membros ou participantes.

VII - UMA TERRÍVEL VERDADE:

Deus não permite que o crente use o dinheiro do dízimo em seu próprio benefício! Deus promete bênçãos, mas também maldição!

Adão quis usar o dízimo do Senhor ( A árvore separada por Deus para Ele ) - Veja que terrível punição recebeu!

Agora veja que terrível verdade está em Ageu Cap. 1:2-11 - Leia!

O muito que você espera se tornará pouco... O dinheiro vai estar sempre faltando na sua vida, não vai render!
Deus, com assopro, dissipa o seu dinheiro!
É como se você pegasse todo o seu salário e pusesse em um saco, e, segurando-o pela boca, vai levando a bolada para casa... Só que o “saco” está furado, e o dinheiro perde-se todo pelo caminho.
A terra retém seus frutos... O Céu o seu orvalho!

SACO FURADO NA VIDA DO CRENTE É...
- médico, farmácia, hospital, batida do carro, ladrão, etc.

O dinheiro de Deus em nossas mãos é maldição! Ele assopra porque nos quer bem... Ele quer nos dar prosperidade - precisamos confiar n´Ele e ser fiel nos dízimos e nas ofertas.

O correto seria termos no culto público um Ato exclusivo para entrega de dízimos. As ofertas seriam entregues em outro momento distinto. E, no ritual de entrega dos dízimos, deveríamos observar a seguinte ordem: - Primeiro, o Pastor; Segundo, Os Oficiais e demais líderes; Terceiro, a congregação em geral.

VIII - BÊNÇÃOS PARA OS DIZIMISTAS

“Fazei prova de mim se eu não vos abrir as janelas do céu... e derramar bênçãos sem medida”
Deus não quer filhos pobres e necessitados!
Nossa fidelidade é a porta da prosperidade!
Faça prova, decida ser dizimista a partir de hoje

terça-feira, 9 de abril de 2013

segundo há biblia nós somos judeus & o novo israel



 baseada na mensagem de alguns versos. por exemplo: João 1:11-12 veio pra os seus, Quem eram os seus? O povo judeu! e estes não o receberam, quem o recebeu? os gentios, logo passamos a ser o povo de Deus. Quem era o povo de Deus? os judeus, logo agora somos a nação do povo de Deus. Isso só faz sentido se entendermos o propósito da nação judaica. Ser representante de Deus na terra. Hoje nós somos a nação de Israel, quando a igreja for levada, israel voltará a ser o povo de Deus na terra

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; (João 1, 11-12)

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9

outra vez, entendemos que que Israel era conhecida como nação santa, arraial de Deus; a nação santa espiritualmente falando hoje é a igreja, povo adquirido para anunciar as virtudes de Deus. Essa era função da nação de Israel na terra. e ainda voltará a ser, quando o novo israel for chamado nos últimos dias. Os primeiros serão os últimos e os últimos os primeiros. os gentios(nós, povo não judeu) éramos esquecidos, até que passamos a frente de Israel, porque eles não crêem em Jesus até o arrebatamento, depois que os últimos forem chamados, israel se converterá e voltará a ser representante de Deus na terra.

Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. 1 Pedro 2:10

Lembre-se que todos os textos, descreve um contraste acontecendo: o evangelho veio para os Judeus e havia um certo preconceito acontecendo entre o cristianismo e o judaísmo. Certamente havia um sentimento de inferioridade por não ser judeu, e Paulo, ou os outros apóstolos, procurava mostrar que não havia diferença em ser ou não ser Judeu, porque os privilégios dos judeus agora era dos gentios tb. ou mais dos gentios que dos judeus!

Como alguém disse, vc é inteligente, compare esses textos e entenda mais do que eu falei!
Deve ter mais textos que ajuda entender, mas só vou citar estes que me vieram a mente. Espero que a sua pergunta seja sincera e com um bom propósito!
fica na paz!